O toque suave no meu ombro me acordou. Assim que abri meus olhos, vi ela ali, em pé ao lado da minha cama, sorrindo me olhando.
— Feliz aniversário, filho — disse mamãe, a voz doce, quase cantando.
Ela estava linda, como sempre, cabelos presos, usando um top branco e um short verde musgo de academia, para começar a rotina de todo o dia, onde ela me leva para escola e vai para academia.
— Obrigado… — murmurei ainda me esforçando para acordar.
Mamãe se inclinou, deixando um beijo na minha testa.
— Levanta, dorminhoco. Você ainda tem escola, e hoje á noite… — Ela fez uma pausa dramática. — Você vai ter uma surpresa.
Me levantei, tomei banho e me arrumei para escola. O dia passou num borrão. Não consegui prestar atenção em nada. Só pensava qual seria o presente que minha mãe iria me dar quando chegasse em casa, já que no ano passado ela me deu um novo computador e dinheiro suficiente para comprar todos os jogos e ainda sobrar por longos meses para gastar com besteiras.
"Você sonha com isso."
Ela disse isso quando me deixou na escola, depois de eu implorar por uma pista sobre o presente.
— Mas o que é, mãe? Um videogame novo? — perguntei, quase implorando.
Ela só riu, passando a mão no meu rosto.
— Você sonha com isso, ué…
O ônibus parou na porta do condominio, e eu quase tropecei descendo, tão ansioso que minhas mãos suavam só de pensar no que ela poderia estar planejando. A casa estava quieta quando entrei, só o som distante da TV na sala.
— Mãe? — gritei, jogando a mochila no sofá.
— Na cozinha. — A voz dela veio calma, como se hoje fosse um dia qualquer.
Ela estava lá, sentada à mesa, com um prato de salada e frango já preparado pra mim. Nada de festa, nada de decoração.
— Não consegui te esperar, vou ter que ir na rua jaja — ela disse, mastigando devagar, os olhos fixos em mim.
— Tá bom…. — Tentei soar casual, mas a voz falhou.
Ela riu baixinho.
— Ah, é verdade. Feliz aniversário outra vez, filho. — Ela levantou o copo de água como um brinde, irônica.
Comemos em silêncio. Cada garfada era um suplício. Ela sabia que eu estava morrendo de curiosidade, mas não dava nenhuma pista—só ficava ali, olhando pra mim com aquele olhar de canto, como se estivesse rindo de uma piada interna.
— Então… — eu comecei, tentando de novo. — A gente vai fazer alguma coisa hoje?
Ela limpou os lábios com o guardanapo, devagar demais.
— Claro. Mas você vai ter que esperar até a noite. — Os olhos dela brilharam. — Presente bom demora pra abrir.
Meu estômago revirou.
Depois do almoço, ela se levantou e apenas disse que iria na rua e talvez demoraria um pouco, e eu fui pro computador, tentando me distrair com qualquer coisa. Youtube, Jogos e música.
O som da porta de entrada batendo me fez pular da cadeira. Corri os olhos pelo relógio no canto do monitor—16:57. O tempo parecia estar se arrastando e voando ao mesmo tempo.
Passos altos no corredor, o cheiro do seu perfume chegando antes dela. Minha porta se abriu sem cerimônia.
— Gabriel, olha... — A voz dela era suave, mas tinha um tom de provocação.
Quando levantei os olhos da tela, o ar faltou.
Ela estava diferente. O cabelo, que normalmente caía em ondas soltas, agora estava impecavelmente liso, com reflexos dourados que brilhavam sob a luz do quarto. As unhas, sempre discretas, agora exibiam um vermelho intenso.
— Fiz o cabelo e as unhas hoje. — Ela girou lentamente, como se estivesse se exibindo para uma plateia invisível. — Um dia especial merece um tratamento especial, não acha?
Minha boca ficou seca.
— S-Sim... — foi tudo que consegui engolir.
Ela sorriu, satisfeita com minha reação, e então olhou para o relógio na parede.
— São 17:00. Quero você pronto às 19:30 em ponto, entendido? Camisa social, aquele perfume que eu te dei no Natal e nada de desleixo. — Os olhos dela percorreram meu corpo desengonçado na cadeira, e um brilho de diversão apareceu neles. — Quero você apresentável hoje.
Antes que eu pudesse responder, ela já estava saindo, deixando para trás apenas o rastro do seu perfume.
Me arrumei rapido, bem antes da hora e permaneci no computador, o relógio marcava 19:25 quando finalmente desliguei o computador e me levantei. Minhas mãos estavam frias, minhas pernas, bambas, coloquei o tênis e fiquei parado no corredor.
Então, a porta do quarto dela se abriu.
E ela apareceu.
Meu cérebro desligou.
O vestido era preto, justíssimo, abraçando cada curva do seu corpo como se tivesse sido pintado nela. O decote em V era profundo o suficiente para deixar quase tudo à imaginação—quase. As costas eram completamente nuas, a pele macia iluminada pelas luzes do corredor. A saia terminava exatamente no meio da coxa.
— Você está pronto. — Ela disse, mais uma observação do que uma pergunta.
Eu só consegui acenar.
Ela chegou perto, ajustando a gola da minha camisa com dedos que queimavam minha pele.
— Você está nervoso? — Ela sussurrou, os lábios vermelhos tão perto do meu ouvido que eu podia sentir o hálito quente.
— N-Não... — menti.
Ela riu, baixo, e então se afastou, deixando um vácuo entre nós.
— Vamos, Gabriel. — Ela começou a descer as escadas, os saltos altos ecoando na sala silenciosa. — Seu presente espera.
E eu segui, como um cordeiro para o abate, enquanto ela pedia o Uber.
Fomos para um restaurante caríssimo, o favorito dela — e, tecnicamente, o meu também.
— Mãe, fala… — implorei enquanto ela olhava o menu do restaurante.
— Paciência, Gabriel. Você vai gostar. — Ela sorriu — Confia na sua mãe…
Meu coração disparou.
As nossas comidas chegaram mas eu não estava tão animado, estava completamente curioso e ansioso
— Mãe, pelo amor de Deus… — eu murmurei, depois de engolir mais um pedaço de carne que mal conseguia saborear. — Só me dá uma pista.
Ela ergueu a taça de vinho e sorriu.
— Confia em mim.
Era tudo o que ela dizia. Sempre a mesma resposta.
Desisti. Comi em silêncio, observando-a enquanto ela, de vez em quando, pegava o celular com naturalidade, os dedos deslizando rápido pela tela. Uma mensagem enviada aqui, outra resposta ali – tudo com um sorriso discreto nos lábios. Quem diabos ela estava mandando mensagem?
Três taças de vinho depois, o rosto dela estava levemente corado, os olhos mais brilhantes, a postura mais solta. Ela deixou escapar um riso baixo ao ler algo no telefone antes de guardá-lo na bolsa.
— Pronto. — Ela estalou os dedos para o garçom. — A conta, por favor.
— Já vamos? — perguntei, surpreso.
— Sim. — Ela não explicou mais nada.
O Uber chegou em minutos. Ela entrou primeiro, ela não falou nada durante o trajeto. Só olhava pela janela, os dedos batendo levemente no joelho, como se contando os segundos.
E eu, ali, sentado no escuro do carro, começava a perder as esperanças se iria ganhar um presente de aniversário.
O Uber mal parou e ela já estava saindo, quase tropeçando nos próprios saltos na pressa de abrir o portão. Eu segui, com as mãos suando e o coração batendo tão forte que até minha visão tremia.
— Anda logo, Gabriel! — ela resmungou, impaciente, enquanto eu tropeçava atrás dela, tentando acompanhar seu passo acelerado.
O portão eletrônico abriu com um bipe, e entramos no elevador. Ela bateu o pé levemente, os dedos frenéticos na tela do celular.
— Perdi noção da hora… — murmurou, mais para si mesma do que para mim.
O coração acelerou no meu peito. Algo estava acontecendo, algo grande.
Mal a porta do elevador se abriu ela correu para o apartamento, ela entrou na frente, ligando as luzes com pressa.
— Liga o computador e entra nas câmeras da casa — ordenou, sem nem olhar para trás, já desaparecendo no corredor.
Eu obedeci, sentando na cadeira do PC com os dedos trêmulos. O monitor acendeu, e eu cliquei no aplicativo das câmeras de segurança, ouvindo os passos dela ecoando pela casa.
— Mãe, o que você tá fazendo? — perguntei, tentando disfarçar a ansiedade na voz.
Ela reapareceu na porta do quarto, segurando uma garrafa d’água e um pacote de biscoitos.
— Já abriu as câmeras? — ignorou minha pergunta, os olhos fixos na tela.
— Tá carregando ainda… Mas por q…
O interfone tocou, cortando minha frase no meio.
Ela suspirou, os lábios se apertando num misto de ansiedade e… antecipação?
— Meu Deus… — respirou fundo, levantando-se rapidamente para atender.
Ouvi sua voz suave, mas tensa, falando com o porteiro:
— Pede pra aguardar um pouco…
Ela voltou para o meu quarto, os olhos grudados no monitor.
— Quase lá… — murmurou, como se falasse consigo mesma.
Finalmente, as câmeras carregaram.
E foi então que eu vi.
Duas novas câmeras no quarto dela.
Uma no teto, cobrindo todo o ambiente, como uma câmera de segurança comum.
E outra… outra posicionada na altura da cama, enquadrando perfeitamente apenas a cama dela.
A qualidade era absurda. Full HD.
— Gastei uma fortuna nisso — ela disse, orgulhosa, os olhos brilhando. — O vendedor garantiu que são as melhores do mercado, ele disse que são câmeras Full HD com áudio e outras coisas que eu não entendo, mas são boas, né?
Meu cérebro travou. Era meu presente de aniversário?
Antes que eu pudesse processar, ela pegou a chave do meu quarto, aquela que ficava do lado de dentro, e segurou-a entre os dedos.
— Vou trancar a porta pelo lado de fora — anunciou, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
— Mãe, espera—
— Feliz aniversário, filho. — Ela sorriu, aquele sorriso, e fechou a porta.
O clique da fechadura ecoou como um trovão.
Eu estava trancado.
E então, ouvi ela no interfone novamente, a voz suave mas firme:
— Pode mandar ele subir.
Minhas mãos suavam enquanto eu acompanhava tudo pelas câmeras.
Ela estava na sala, arrumando o cabelo, ajustando a blusa, passando batom mais uma vez.
E então… ficou parada.
Esperando.
Alguém estava chegando.
E eu… eu só conseguia olhar.
Será que isso está mesmo acontecendo?
Ou eu estava sonhando acordado?
Pela câmera da sala, vi ele entrar.
Alto. Ombros largos. Postura confiante.
Mamãe sorriu, inclinando o rosto para os dois beijos na bochecha — o costume que ela sempre teve com desconhecidos. Mas então… o abraço.
Demorado demais.
A mão dele escorregando pelas costas dela, parando exatamente no lugar onde eu sempre olhava quando ela passava de short.
— Vem — ela disse, voz melada, puxando ele pra dentro.
Os passos deles passaram pelo meu quarto. Eu me encolhi na cadeira, as pernas tremendo.
— Quer vinho?
— Tô de boa, linda.
A resposta dele fez meu queixo apertar. Linda.
Na tela, mamãe sorriu, mordendo só um pouco o lábio inferior antes de virar.
O short subiu quando ela sentou.
Só um centímetro.
O suficiente.
Ele viu. Ela deixou.
E então—
O beijo.
Meu pau latejou dentro da cueca.
Ela estava beijando ele.
Na minha sala.
Nas minhas câmeras.
Pra mim.
Minha mão suava. Como ela sabia? Quando ela planejou isso?
Eles se levantaram, os lábios ainda colados.
Mamãe puxou ele pelo braço.
Direto pro quarto dela.
A porta abriu.
A câmera nova— aquela da cama— capturou tudo.
O lustre. O lençol impecável. O palco.
Enfiei o fone com força nos ouvidos.
— Nunca transei com um ator pornô...
A voz dela saiu como um suspiro.
Ator.
Pornô.
Meu cérebro disparou.
Onde eu vi esse cara antes?
— Você vai adorar — ele respondeu, as mãos já na cintura dela.
E então—
O som do zíper ecoou no fone como um trovão.
E de repente— eu lembrei.
Ed Junior.
Aquele Ed Junior.
O cara dos vídeos pornô. O mesmo que fazia atrizes experientes chorarem de prazer e dor misturados. O mesmo que—
Meu Deus.
Meu coração disparou. As mãos ficaram geladas.
Mamãe não ia aguentar.
Não alguém como ele.
Não daquele jeito.
Na tela, eles entraram no enquadramento da câmera da cama.
Ed já estava com o pau pra fora, pelo zíper aberto.
Grande.
Maior do que nas filmagens.
Muito maior.
Muito duro.
Mamãe ficou parada por um segundo, os olhos arregalados.
— Nossa... — escapou dos lábios dela, quase um suspiro.
Ed sorriu, a mão fechando em volta do próprio membro.
— Relaxa, gata. Você aguenta...
Mas o jeito que ele disse— aquele tom— não era de quem ia ser piedoso.
Era uma ameaça.
Mamãe engoliu seco, os dedos tremendo um pouco quando ela começou a escorregar os ombros pelas alças do vestido.
Eu quase gritei pra ela parar.
Quase.
Mas meu pau latejava tão forte que doía.
O suor escorria pelas minhas costas enquanto eu grudava os olhos na tela.
Ed arrancou a camisa com um movimento brusco. Seu pau continuava pulsando para fora da calça, grotescamente grande, balançando com cada passo. Ele se aproximou de mamãe, os dedos habilidosos encontrando o zíper do vestido dela.
— Deixa eu te ajudar aqui, princesa — ele disse, voz rouca.
Mamãe ficou rígida, os dedos dela tremendo levemente enquanto ele puxava o vestido pelos ombros. Eu conseguia ver a respiração acelerada dela, os olhos arregalados fixos no corpo dele.
— Já assistiu algum dos meus filmes? — Ed perguntou, deslizando as mãos pelas laterais do corpo dela.
Mamãe engoliu seco, sacudindo a cabeça.
— N-nunca vi esse tipo de vídeo...
Ed riu, um som profundo e perigoso.
— Quer que eu te trate como uma atriz para você como é?
Meu coração parou.
Mamãe ficou imóvel por um segundo, os olhos piscando rápido, até que ela respirou fundo e ergueu o queixo.
— Quero que faça comigo... exatamente o que faz com elas.
Meu Deus.
Ela então apontou para a câmera, aquela que estava próxima a TV que dava close perfeito na câmera.
— Quando vi no site que você era profissional... comprei essa câmera só pra isso. Pra me gravar com um ator de verdade na minha cama.
Ed deu uma risada mais alta agora, os olhos brilhando de diversão.
— Ah, é! Quase esqueci que você pagou extra pra gravar — ele disse, apertando a cintura dela com as mãos grandes. — Mas relaxa, linda. Vai ser um filme memorável.
Ele puxou ela contra o corpo dele, e eu quase engasguei quando o pau dele esmagou contra a barriga dela, enorme e obsceno.
Mamãe soltou um gemido baixo, os dedos dela se agarrando aos braços dele como se estivesse tentando se equilibrar.
Eu não conseguia respirar.
O aperto no meu peito ficou mais forte quando Ed deslizou as mãos pela cintura dela, parando bem na curva dos quadris. Seus dedos pareciam enormes contra o corpo delicado da mamãe.
— Vamos combinar uma palavra de segurança — ele disse, voz rouca. — Flamengo, vi em uma porta o escudo…
Meu time.
O escudo que está na porta do meu quarto..
Meu pau pulsou violentamente dentro da cueca.
Mamãe balançou a cabeça, concordando, mas os olhos dela estavam cheios de dúvida.
— P-por que precisa de uma palavra? — ela perguntou, a voz saindo mais fina do que o normal.
Ed riu, um som baixo e perigoso, enquanto uma das mãos descia até a coxa dela.
— Porque vou te tratar como uma profissional. E quando eu tiver você gemendo e suplicando, você vai querer que eu pare... mas também vai desejar que eu continue. — Ele apertou a carne macia da coxa dela, fazendo ela estremecer. — E se em algum momento você realmente não aguentar... é só dizer Flamengo.
Ele parou, os olhos percorrendo o corpo dela com um olhar calculista.
— Mas talvez... — ele continuou, o tom desafiador, — você não aguente um pau do tamanho do meu. Nem um profissional como eu. Você parece uma riquinha delicada demais pra isso.
Mamãe ficou paralisada por um segundo, os lábios entreabertos. Eu conseguia ver o peito dela subindo e descendo rápido, os mamilos durinhos marcando o sutiã.
E então—
Ela ergueu o queixo.
— Eu não vou precisar usar essa palavra — ela respondeu, a voz mais firme agora, mas ainda com um tremor.
Ed sorriu, lento, como se ela tivesse acabado de cair numa armadilha.
— Ótimo.
A cena na tela parecia saída diretamente de um daqueles pornôs caseiros com mulheres amadoras.
Ed deitou na cama, se acomodando contra os lençóis, o pau imponente apontando para o teto. Ele apoiou a cabeça nos braços cruzados atrás da nuca, como um rei se preparando para ser servido.
— Vou te ajudar a fazer um bom filme — ele disse, a voz grossa, dominadora. — Mas você tem que fazer exatamente o que eu mandar.
Mamãe assentiu, os olhos fixos nele, antes de levar as mãos à cintura da calcinha. Os dedos dela tremeram levemente ao deslizá-la pelas pernas, revelando a pele macia que eu só tinha visto acidentalmente antes.
— Agora vem aqui. — Ele balançou seu pau.
Ela engoliu seco, mas obedeceu, se aproximando da cama e engatinhando na cama ficando entre as pernas abertas dele.
Mamãe hesitou por um segundo antes de inclinar a cabeça e passar a língua na ponta do pau dele, um movimento tímido, quase experimental.
Ed soltou um grunhido baixo.
— Isso, princesa. Agora abre essa boquinha.
Ela abriu os lábios, encaixando a cabeça dele na boca.
Um som abafado escapou da garganta dela quando Ed colocou a mão atrás da sua cabeça, guiando o ritmo.
— Mais fundo — ele ordenou, os dedos se entrelaçando nos cabelos dela.
Mamãe tentou, os lábios se esticando enquanto ela descia, mas ele não estava satisfeito.
— Não. Assim não.
Antes que ela pudesse reagir, ele apertou os dedos no cabelo dela e puxou ela para baixo, enfiando o pau até o fundo da garganta num movimento brusco.
Mamãe engasgou, os olhos arregalando, as mãos se agarrando às coxas dele instintivamente.
— Isso, sente ele todinho — ele rosnou, segurando ela no lugar enquanto o pau inchado distendia a garganta dela.
Lágrimas escorreram dos olhos dela, mas Ed não parou. Ele começou a mover os quadris, bombando na boca dela com um ritmo cruel.
— Tá vendo? Você aguenta mais do que pensava.
Cada embate fazia um som úmido e rouco ecoar pelo fone, cada gemido abafado dela me deixando mais louco.
E então—
Ele soltou ela que puxou a cabeça para trás desesperada para respirar.
Ela olhou para a câmera de cima e lentamente olhou para trás, para a câmera perto da TV.
Olhou diretamente para mim.
Os olhos marejados, a boca avermelhada do batom manchado, o rosto tremendo, respiração ofegante.
Ela sabia que eu estava vendo.
A cena na tela me hipnotizava.
Ed se levantou com um movimento fluido, ficando em pé no meio da cama, seu corpo pairando sobre mamãe. Ele agarrou seus pulsos com firmeza, guiando suas mãos pequenas até seu pau inchado.
— Envolve ele todinho e chupa — ordenou, voz rouca de desejo. — E não para de punhetar.
Mamãe não disse uma palavra. Apenas assentiu, os olhos marejados, antes de inclinar a cabeça e levar os lábios àquela monstruosidade. Suas mãos se moveram em sincronia, uma bombeando o membro enquanto a boca trabalhava a cabeça.
— Cóspe nele. Molha ele todinho — Ed rosnou, observando com satisfação quando ela obedeceu, deixando um fio de saliva escorrer pela ponta.
Seus gemidos ecoavam pelo quarto, cada um mais rouco que o anterior. Ele entrelaçou os dedos nos cabelos dela, controlando o ritmo com movimentos precisos da cintura.
— Isso, putinha. Engole ele todinho.
Mamãe tossiu quando ele forçou mais fundo, as lágrimas escorrendo. Mas Ed não parou.
— Aguenta, vadia. Você pediu por isso.
Ele afundou com um empurrão brusco, os quadris colidindo contra o nariz dela. O som úmido de engasgos enchia o quarto.
— Tá gostando, não é, sua cadela? — ele insultou, puxando os cabelos dela para trás, forçando-a a encará-lo.
Mamãe tentou falar, mas só saiu um gemido rouco, os olhos vermelhos de lágrimas.
Eu via as pernas dela se contorcerem no lençol, o corpo tremendo. Ela abriu a boca como se fosse gritar "Flamengo", mas Ed não deu chance.
— Não, não. Você não vai desistir agora — ele rosnou, enfiando de novo com força.
E então—
Ed perdeu o controle, os quadris bombando violentamente, usando a garganta dela como queria. Cada embate provocava um engasgo, cada puxão de cabelo arrancava um gemido abafado.
Mamãe estava à mercê dele, os olhos revirando, o corpo todo tremendo.
E eu?
Eu não conseguia respirar.
Minhas mãos tremiam incontrolavelmente no teclado, os dedos escorregando entre meu próprio corpo e o mouse enquanto eu assistia, hipnotizado, a cena na tela.
Ed parou por um instante, os olhos percorrendo o enquadramento da câmera.
— Olha só, você tá de costas pra câmera — ele riu, um som rouco e calculista, antes de reposicioná-la com um puxão brusco. — Agora da pra ver direitinho.
Ele se moveu para o lado, arrastando mamãe junto, até que ambos ficassem perfeitamente enquadrados. Seu pau, ainda brilhante de saliva, balançou pesadamente na frente da lente.
— Essa é sua primeira vez com um ator pornô, né? — Ele olhou diretamente para a câmera.
Mamãe, ofegante, balançou a cabeça negativamente.
Ed sorriu a olhando de rabo de olho, malicioso, os dedos apertando o queixo dela.
— E já transou com um pau desse tamanho antes?
Outro balanço de cabeça, mais hesitante.
Ele riu, triunfante.
— Nunca com um profissional, nunca com um pau desses… e olha o que você já consegue fazer.
Antes que ela pudesse reagir, ele agarrou sua cabeça com as duas mãos e forçou ela para baixo, enfiando seu pau até o fundo da garganta num movimento brutal. O nariz dela colidiu com a barriga dele, e um engasgo rouco ecoou pelo quarto.
Os quadris dele bombavam com um ritmo implacável, usando a boca dela como quisesse, os músculos do abdômen contraindo a cada empurrão.
— Isso, puta, engole tudinho — ele rosnou, os olhos fixos na câmera.
Eu não aguentei mais.
Minhas próprias mãos se moveram freneticamente, o corpo todo tenso, até que—
O orgasmo me atingiu como um choque, meu corpo arqueando na cadeira enquanto jorrava sobre o teclado, a tela, minhas próprias mãos. A visão ficou turva por um segundo, mas a cena na tela continuava.
Diferente de um filme, eu não podia dar pause.
Ed não parava.
Ele continuava fodendo a boca dela com a mesma intensidade, os dedos entrelaçados nos cabelos dela, puxando e controlando cada movimento.
— Tá vendo como uma profissional faz?
E eu?
Eu só conseguia ficar ali, ofegante, sujo, completamente entregue.
Ed puxou os cabelos dela com força, forçando seu rosto voltado diretamente para a câmera. Os olhos dela, vermelhos e marejados, refletiam a submissão.
— Olha como ela tá — ele riu, malicioso, balançando o pau duro novamente na frente do rosto dela. — E ainda nem começamos de verdade. Tô com vontade de gozar nesse rostinho todo…
Minhas mãos sujas ainda tremiam no teclado. Eu me sentia vazio, derrotado, mas incapaz de desviar os olhos.
— Fala a palavra, mãe… — sussurrei, quase uma oração. "Flamengo." Só isso e tudo acabaria.
Mas ela não ouviu.
Ed começou a bater o pau no rosto dela, os tapas leves mas humilhantes, cada um marcando sua dominância.
— Vai desistir? — ele provocou, olhando para a câmera como se falasse comigo. — É só dizer a palavra, princesa.
Por um segundo, ela ficou imóvel, a respiração ofegante.
E então—
Ela atacou.
Sem que Ed a forçasse, ela se jogou no pau dele, engolindo-o com uma fúria que até ele pareceu surpreso.
— Caralho! — Ed gritou, os olhos arregalados, mas logo um sorriso cruel surgiu em seu rosto.
Mamãe não parou. Seus lábios se moviam freneticamente, a garganta se contraindo enquanto ela forçava cada centímetro para dentro, os olhos fechados em concentração.
Ed recuperou o controle rapidamente, as mãos agarrando seus cabelos novamente.
— Então é assim que você quer? — ele rosnou, antes de começar a foder a boca dela com força total, os quadris batendo contra seu rosto.
Ela engasgou, mas não recuou.
Cada movimento, cada som, cada expressão de dor e prazer misturados— tudo capturado em Full HD, como um presente macabro só para mim.
Lembrei da minha mãe falando das câmeras “O vendedor garantiu que são as melhores do mercado, ele disse que são câmeras Full HD com áudio e outras coisas que eu não entendo, mas são boas, né?”
Ed agiu rápido, quase animalesco. Com um movimento brusco, jogou mamãe de bruços na cama, o corpo dela afundando no colchão enquanto ela tentava recuperar o fôlego. Ele correu até a bancada, rasgando a embalagem do preservativo com os dentes, as mãos tremendo de desejo.
— Não vai fugir agora, não é? — ele rosnou, voltando para a cama e posicionando-se entre as pernas dela, com ela de barriga para cima.
Uma cusparada grossa escorreu pelo pau coberto de látex, e ele não perdeu tempo.
A penetração foi brutal.
Pela câmera geral, eu vi tudo.
O momento em que ele entrou nela, o corpo dela arqueando, os dedos se agarrando aos lençóis.
— AAH! — O gemido dela ecoou pelo quarto, alto, rouco, quebrado.
Ed não foi gentil.
— Toma, sua vadia! — ele gritou, as mãos fechando no pescoço dela, apertando só o suficiente para deixá-la mais louca.
E ela…
Ela gemia.
Mais alto.
Como se estivesse precisando daquilo.
Meu pau, que já estava ficando duro novamente, pulsou contra a cueca suja de porra. Eu não conseguia acreditar.
Ela estava amando cada segundo.
Ed olhava fixamente para ela, os olhos selvagens, os músculos tensos.
— Eu vou acabar com você — ele pareceu dizer, mesmo sem palavras..
E continuou.
Mais forte.
Mais profundo.
O rangido da cama ecoava, marcando cada embate brutal. De repente, Ed parou. Seus olhos escanearam o quarto, como se tivesse lembrado de algo.
Com um movimento brusco, ele virou mamãe como um boneca de trapo, arrastando-a de quatro no meio da cama. Seu corpo estava curvado, a cabeça baixa.
— Levanta essa cabeça, puta — ele ordenou, puxando seus cabelos com força.
Ela obedeceu, os olhos arregalados, a boca entreaberta.
E então, pela câmera do teto, eu vi tudo com clareza obscena:
A cabeça rosa do pau dele pressionando contra sua entrada já molhada.
O momento em que ele afundou até o talo num único movimento violento.
— MEU DEUS! — O grito dela cortou o ar, misturando dor e êxtase.
Ed não deu tempo para recuperar.
As mãos dele agarravam seus quadris, os dedos cravando na carne macia enquanto ele a fodia com estalos úmidos e altos. Cada investida era mais rápida, mais profunda, mais possuidora que a anterior.
— Olha pra câmera, vadia — ele rosnou, puxando seus cabelos para trás, forçando seu rosto a encarar a lente.
Ela me viu.
Seus olhos estavam vidrados, a pupila dilatada, os lábios tremendo. Não sabia se era dor, prazer ou a pura humilhação de saber que eu assistia.
— Vai aguentar até o fim! — Ed provocou, aumentando o ritmo, as bolas batendo contra ela.
Os gemidos dela saíam entrecortados, cada um mais agudo que o outro. Seu corpo inteiro tremia, os seios balançando freneticamente.
Ela estava no limite.
Ou ia gritar "Flamengo".
Ou ia gozar como nunca.
E eu, com as mãos sujas de antes já se movendo novamente, não sabia qual possibilidade me excitava mais.
Mamãe ficou paralisada por um segundo, a boca aberta num silêncio tenso, os olhos arregalados como se tivesse visto um fantasma. Eu conhecia aquela expressão. Tinha visto dezenas de vezes nos vídeos pornô que assistia.
Ela estava prestes a gozar.
Minha mão já estava no meu pau novamente, batendo uma no mesmo ritmo frenético que Ed metia nela.
— Vai, vai, vai... — eu sussurrei, os dentes cerrados, os olhos grudados na tela.
E então—
O gemido.
Um som rouco, gutural, escapou da garganta dela enquanto o corpo amolecia na cama, os músculos todos cedendo de uma vez.
O pau de Ed escapou para fora, ainda duro como pedra, e começou a se masturbar olhando diretamente para a câmera.
— Isso, goza sua puta! — ele riu, os dedos fechados no membro, enquanto mamãe se contorcia no lençol, os tremores do orgasmo ainda percorrendo o corpo dela.
Eu não aguentei.
Gozei pela segunda vez, o corpo todo contraindo, a porra escorrendo entre os dedos enquanto via Ed rir, triunfante, e mamãe gemer abafadamente, o rosto enterrado no colchão.
Era perfeito.
Era horrível.
E eu não queria que acabasse nunca.
Eu estava esgotado, jogado na cadeira como um trapo, a respiração tão ofegante quanto a dela. Na tela, Ed deitou na cama, a camisinha agora descartada, observando mamãe com um olhar satisfeito enquanto ela tentava recuperar o fôlego.
Minutos se arrastaram. O único som era a respiração pesada dela e o rangido ocasional da cama.
Até que, lentamente, ela se moveu.
Primeiro um tremor nos dedos. Depois um suspiro rouco. Finalmente, ela se levantou, o corpo ainda marcado pelo sexo violento, os olhos caídos de cansaço.
Ela olhou para a câmera.
Diretamente para mim.
Engoliu a saliva.
Respirou fundo.
E então, virou de costas.
Engatinhou até Ed.
Foi devagar, quase hesitante, mas quando alcançou ele, deitou a cabeça no peito dele, os corpos se encaixando como se pertencessem um ao outro.
Eles ficaram assim por um tempo. Silêncio. Apenas respiração.
Até que os lábios dela encontraram os dele.
O beijo foi lento.
Apaixonado.
Diferente de tudo o que tinha acontecido antes.
Minhas mãos se apertaram nos braços da cadeira.
E então—
Sem uma palavra, ela subiu por cima dele, posicionando-se com uma determinação que fez meu coração acelerar.
E o penetrou.
Sem camisinha.
Os dois gemeram juntos, um som profundo de prazer e cumplicidade.
Meu corpo ficou tenso novamente.
Ela tinha feito isso de propósito.
Lentamente ergueu seu corpo, apoiando suas mãos no peito de Ed.
E agora cavalgava ele como uma profissional, os quadris girando, os seios balançando, os olhos fechados em êxtase.
Ed a segurava acariciando sua cintura, os dedos cravando na pele dela, os gemidos saindo mais altos a cada movimento.
Mamãe não estava apenas aguentando – ela estava dominando.
Seus quadris subiam e desciam com uma precisão hipnótica, cada movimento calculado para aproveitar cada centímetro do pau grotesco de Ed. Os gemidos dela saíam altos, roucos, realmente sentindo tudo.
— Ah... Deus... — ela arfou, a cabeça jogada para trás, os seios balançando.
Ed, por sua vez, parecia perdido no próprio prazer.
Ele a puxou contra ele, os braços envolvendo sua cintura, os corpos colados enquanto ele enterrava o rosto no pescoço dela.
Mas então—
Ele perdeu o controle.
Com um grunhido animal, ele levantou os quadris, metendo com força por baixo, e mamãe ajustou o movimento na mesma hora, como se já esperasse.
Os estalos voltaram.
Mais altos. Mais rápidos.
— Toma, sua vadia! — Ed rosnou, as mãos agarrando a bunda dela, os dedos afundando na carne macia antes de dar um tapa que ecoou pelo quarto.
Mamãe gritou, mas não parou.
Pelo contrário.
Ela apertou os músculos lá embaixo, fazendo Ed gemer como um animal ferido, e acelerou ainda mais, os quadris girando, o corpo todo brilhando de suor.
Ela estava no controle.
Ed dava tapas fortes na bunda da minha mãe, que gemia mas não pedia para ele parar.
Os gemidos de Ed ficaram mais roucos, mais urgentes.
— Eu vou gozar... — ele avisou, os músculos tensos, os dedos cravando nos quadris dela.
Mas mamãe não parou.
Continua cavalgando ele no mesmo ritmo frenético, os lábios entreabertos, os olhos meio fechados de prazer.
— Espera, porra — Ed tentou empurrá-la para longe, mas ela se agarrou a ele com força, os músculos internos apertando ainda mais.
— Não. — Foi a primeira palavra firme dela em minutos.
E então—
Ele explodiu dentro dela.
Um grito gutural escapou da garganta de Ed, o corpo todo arqueando enquanto jorrava leite quente no útero dela. Mamãe continuou se mexendo, devagar agora, esfregando o clitóris nele para extrair cada última gota.
Meu pau latejou na minha mão, mas eu não conseguia me mexer.
Ela tinha deixado ele gozar dentro.
De propósito.
Quando o pau dele finalmente escorregou para fora, mole e satisfeito, uma farta quantidade de porra branca começou a escorrer pelos lábios vermelhos inchados da buceta dela, pingando no pau e na barriga dele.
Ed respirava pesadamente, os olhos fechados.
Mamãe se jogou para o lado, deitando ao lado dele, as pernas moles, o corpo brilhando de suor.
E então, devagar, ela virou o rosto...
E olhou diretamente para a câmera no teto.
Ela não precisava falar. A pergunta estava ali, clara como o dia:
"Gostou do presente, filho?"
Eu não respondi. Apenas sentei ali, meu pau ainda latejante, o corpo coberto de suor seco e porra, e olhei para a tela como um homem que acabava de ver o paraíso e o inferno se fundirem.
Ela virou de lado, encaixando o corpo no de Ed, os dois pegados num abraço íntimo, suado, pós-sexo real.
Longos minutos se arrastaram.
Até que, finalmente, eles se moveram.
Ed saiu da cama primeiro, mamãe o seguiu, o som do chuveiro ligando ecoou pelo fone de ouvido.
Eu me levantei da cadeira, minhas próprias pernas fracas, e fui até minha cama, deixando o computador ligado, a tela ainda mostrando o quarto vazio dela, a cama bagunçada, as marcas do que aconteceu.
Quando saíram do banho, Ed já estava arrumado, o cabelo molhado para trás, aquele mesmo sorriso confiante nos lábios. Mamãe o acompanhou até a porta, apenas vestido com um roupão.
— Quando quiser é só me ligar, tá bom? — Ed perguntou na saída, a voz rouca.
Mamãe só sorriu, um gesto pequeno, cúmplice, antes de fechar a porta atrás dele.
O apartamento ficou em silêncio.
E eu, deitado na minha cama, ainda com o cheiro do meu próprio prazer nas mãos.
O clique da fechadura sendo destrancada ecoou pelo apartamento silencioso. Pela fresta da minha porta, vi mamãe passar no corredor, o corpo ainda marcado pela noite, os passos lentos mas firmes.
Ela entrou no quarto dela – nosso palco, nosso segredo – e por um instante, nossos olhos se encontraram através do monitor.
Um segundo.
Dois.
Então, ela levantou o controle, apontou para a câmera perto da TV e—
Click.
Tela preta.
O mesmo movimento repetido para a câmera do teto.
Fim do espetáculo.
Eu virei de lado na cama, o corpo pesado de exaustão, mas um sorriso pequeno – de culpa? De vitória? – grudado nos lábios.
O quarto ficou escuro.
E pela primeira vez em muito tempo, adormeci feliz.
O primeiro raio de sol entrou pelo vão da cortina, e eu me espreguicei na cama, ainda com o corpo pesado da noite passada. Quando abri a porta do quarto, algo brilhou no chão.
Um pendrive.
Ao lado, um bilhete pequeno, decorado com corações vermelhos:
"Feliz 17 anos, guarde com carinho! ♥"
Meu coração acelerou. Eu sabia exatamente o que tinha ali.
Escondi o pendrive na gaveta de cuecas, entre as peças mais íntimas, como se fosse um tesouro proibido.
O banho foi rápido. A água quente não lavou a memória dos gemidos dela, nem o som dos corpos se encontrando. Quando saí do banheiro, o cheiro de café fresco enchia o ar.
Mamãe estava na cozinha, vestindo apenas uma camiseta larga e um short curto – a mesma roupa de sempre, mas agora carregada de novos significados.
— Bom dia, dorminhoco — ela disse, colocando o pão na torradeira como se nada tivesse acontecido.
Nos sentamos à mesa. O silêncio era espesso, apenas cortado pelo barulho das colheres.
Até que ela quebrou o gelo.
— Eu gostei muito de ontem — ela murmurou, os olhos fixos no café.
Meus dedos congelaram em volta da xícara.
— Eu… também — respondi, a voz saindo mais rouca do que eu gostaria.
Ela sorriu, lenta, deliberada, antes de levar o café aos lábios.
— Quem sabe a gente não repete isso mais vezes? — os olhos dela brilharam maliciosos. — Se você se comportar.
— Como assim? — perguntei, tentando soar despretensioso.
— Boas notas. Datas especiais. Presentes… Bom comportamento… — ela encostou o queixo na mão, estudando minha reação.
Eu soltei uma risada nervosa.
— Então só no fim do ano, né?
Ela riu, um som leve, quase juvenil, como se compartilhássemos uma piada interna.
— Nunca se sabe.
O café quase entrou pelo nariz quando a pergunta escapou dos meus lábios:
— Como... como você descobriu?
Mamãe deixou a colher de café suspensa no ar por um segundo, os olhos fixos na janela. Uma sombra de constrangimento passou pelo rosto dela antes que um sorriso pequeno — quase materno — surgisse.
— Meu notebook quebrou no mês passado, lembra? Precisava mandar um e-mail urgente... — ela girou a xícara entre os dedos, evitando meu olhar. — Seu computador estava lá, liguei e...
— ...o navegador abriu sozinho.
— Era tudo aquela palavra... Cuckson — ela pronunciou devagar, como se testasse o gosto do termo. — E um fórum cheio de meninos escrevendo coisas sobre as mães deles.
— Alguns eram... — ela hesitou, os dedos apertando a xícara — agressivos. Mas entendi que o seu não era assim... — finalmente me olhou — Você só falava do meu do jeito…
Demorei longos segundos para entender. — Ela esticou a mão e arrumou meu colarinho, como sempre fazia antes da escola. — Você só me ama de um jeito... diferente.
O toque dela queimou.
— É...É… — minha voz falhou.
— E ontem foi um presente para um filho maravilhoso, estudioso, comportado e que respeita e só da orgulho para a mãe… — Ela encostou a ponta do dedo no meu nariz, brincalhona. — Continue assim….
E então levantou, levando as xícaras para a pia como se tivéssemos falado de algo leve e natural.